Um cordel pode ser escritos em vários tipos tais como: uma quadra, uma sextilha, uma septilha, uma oitava, um quadrão, uma décima, um martelo, uma redondilha ou uma carretilha. Uma quadra estrofe de quatro versos. A quadra iniciou o cordel mais hoje não é mais utilizada pelos cordelistas. Porém ainda são muitos utilizadas em outros tipos de poesias sertanejas. Minha terra tem palmeiras Onde canta o sabia As aves que aqui gorjeiam Não gorjeiam como lá. Uma sextilha estrofe ou estância de seis versos. Estilo mais usado nas cantorias onde os cantadores falam alusão a qualquer tema ou evento e usando o ritmo de baião. Quem inventou esse “ S” Com que se escreve saudade Foi o mesmo que inventou O “F” da falsidade E o mesmo que fez o “I” Da minha infelicidade. Uma septilha estrofe de sete versos; setena (de sete em sete ). Estrofe rara de sete versos, estilo muito usado por Zé Limeira o poeta do absurdo. Eu me chamo Zé Limeira Da Paraíba falada Cantando nas escrituras Saudando o pai da coaiada A lua branca alumia Jesus, José e Maria Três anjos na farinhada. Napoleão era um Bom capitão de navio Sofria de tosse braba No tempo que eu era sábio, Foi poeta e demagogo Numa coivara de fogo Morreu tremendo de frio Uma oitava estrofe ou estância de oito versos. Um quadrão cantada, em que os três primeiros versos rimam entre si. Oitava na poesia popular cantada, na qual os três primeiros versos rimam entre si. Vejamos versos de uma contaria entre José Gonçalves e Zé Limeira: Gonçalves: Eu canto com Zé Limeira Rei dos vates do Teixeira Nesta noite prazenteira Da lua sob o clarão Sentido no coração A alegria deste conto Por isso é que eu canto tanto NOS OITO PÉS A QUADRÃO Limeira: Eu sou Zé Limeira e tanto Cantando por todo canto Frei Damião já é santo Dizendo a santa missão Espinhaço e gangão Batata de fim de rama * Remédio de velho é cama* Uma décima estrofe de dez versos com dez ou sete silabas, cujo esquema é rimático. Vou lhe avisar agora Zé Limeira Dizem que quem avisa amigo é Vou lhe amarrar agora a mão e o pé E lhe atirar naquela capoeira Pra você não dizer tanta besteira Nesta noite em que Deus nos acolheu Você hoje se esquece que nasceu E se lembra que eu sou bom e perfeito Você hoje me paga o que tem feito Com os poetas mais fracos do que eu. Zé Limeira: Mais de trinta da sua qualistria Não me faz eu correr nem ter sobrosso Eu agarro a tacaca no pescoço E carrego pra minha freguesia Viva João, viva Zé, viva Maria Viva a lua que o rato não lambeu Viva o rato que a lua não roeu Zé Limeira só canta desse jeito Você hoje me paga o que tem feito Com os poetas mais fracos do que eu. Um martelo estrofe composta de decassílabos. Mais usada nos versos heroicos ou mais satíricos nos desafios. Uma redondilha antigamente, quadra de versos de sete silabas. Antigamente quadra de versos de sete silabas na qual rimava o primeiro com o quarto e o segundo com o terceiro. Hoje verso de cinco ou de sete silabas, respectivamente redondilha menor e redondilha maior. Uma carretilha décima de redondinhas menores rimadas na mesma disposição da décima clássica. Referencias GEORGE, Lucas. Mundo das Artes: Apolônio Alves dos Santos. Disponível em: , Acesso em 25 set.2014.

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